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agosto 20, 2006

Férias em S. Miguel (I)

Duas semanas de magníficas férias na minha ilha vão alimentar estas notas gastronómicas durante algumas semanas. Mas hoje começo pelo hotel, à margem, mas não tanto, do gosto de bem comer, que começa pelo gosto de bem se estar. Fiquei no Bahia Palace (que ridículo, esse “h”), com acesso directo à bela praia de Água de Alto. A localização é privilegiada, a cinco minutos de Vila Franca, para o jantar, e com acesso rápido à nova rede de vias rápidas, a distribuírem-nos por toda a ilha.

É um hotel excepcional em relação ao panorama de Ponta Delgada, em que faz pena ver bons hotéis invadidos por uma onda de turismo escandinavo de má qualidade. Num deles, um dia, disse-me uma turista ao pequeno almoço: “eat, eat, it’s for all the day”. O Bahia Palace estava cheio de casais estrangeiros, mas dos que se vestem bem mesmo para ir tomar o pequeno almoço. O fato de banho é para depois, haja maneiras. Predomínio evidente de segundas luas de mel, como nós, um turismo magnífico. Mas não há moeda que não tenha duas faces.

O lado positivo:

- Bom arranjo paisagístico, uma piscina bem enquadrada, belos relvados a cair para o mar, com árvores a dar sombra a mesas e cadeiras para óptimas leituras.
- Panorama magnífico dos quartos a dar para o mar, com a gentileza de a ocupação desses quartos ser por ordem de reserva, sem tabela de preços especial, à madeirense.
- Decoração sóbria e elegante dos espaços gerais, com base em madeiras e bom mobiliário.
- Excelentes quartos. Zona de dormir e de estar com cerca de 30 m2!. Camas larguíssimas, sofá e duas poltronas, televisão de grande dimensão. No quarto, uma cómoda de três grandes gavetas e uma mesa de trabalho. Anexo para toilette, outro para guarda-fatos e arrumo de malas.
- Frigorífico com liberdade para os hóspedes lá porem o que quiserem, sem ficarem limitados aos preços do “minibar”. Banho separado da sanita, opção entre banheira e duche.
- Pessoal muito simpático, embora insuficiente em número e denotando algumas falhas de formação.
- Boas salas de jogos, para alguns jovens que por lá estavam. Mas falta de uma biblioteca, “cigar room”.
- Um bar com tudo o que se pode imaginar de bebidas, comreceitas originais de cocktails e com uma jovem “barwoman” muito competente.

O lado negativo:

- Limpeza do quarto a horas imprevisíveis e totalmente inconvenientes.
- Pequeno almoço em que, quando se acaba alguma coisa, é difícil virem substituir.
- Impossibilidade de nos fornecerem os dados para ligação à net do computador pessoal.
- “Pool bar” com ementa muito reduzida para o snack de almoço. Ao fim de alguns dias, já não sabemos o que encomendar de novo.
- Inadmissível, cadeiras do bar da picina e da esplanada de almoço com publicidade da Coca-cola e do Nestea! Também o café é servido em chávenas com propaganda!
- Não há contrato com os dois excelentes campos de golfe de S. Miguel. Ainda não sabem o que é o “golf tourism”?
- Falei antes na mesa de trabalho. Mas não tinha cadeira, tive de a pedir.
- Tabaco só numa máquina a desfear o bar muito bem decorado. Charutos e cigarrilhas, nada.
- Jornais, mesmo os locais, também nada.

Finalmente, informação importante: um casal, 12 dias, 1188 euros, 99 euros por dia. Nada mau.

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