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junho 25, 2006

Uma viagem para esquecer

Não tivesse sido o bom motivo que me levou a S. Miguel, esta semana, e teria sido, gastronomicamente, uma viagem para esquecer. Ida num dia e regresso no seguinte, ambos voos à hora do almoço, em executiva. Se fosse em turística, tinha direito era a uma sandes directamente saída do frigorífico. A ida foi na SATA, que tem um catering inaceitável, como já tenho verificado repetidamente. Ao menos, serviram um aperitivo, limitado à escolha entre sumo de laranja e um espumante detestável. "Cracks" não havia. Mesmo assim fica o registo, porque hoje, em executiva no médio curso, aperitivo só pedido expressamente e adivinhando o tempo que falta para a refeição. Anote-se que as tarifas para os Açores não são nada "low cost".

O almoço era peixe, já lá vou. A escolha de vinho era apenas entre um branco e um tinto, ambos de marcas que não sirvo aos amigos. O prato era uma posta de um peixe indefinível (imperador, pareceu-me) com gosto forte a mal congelado, regado com uma coisa insípida a que chamaram molho de natas. Acompanhamento só um, batatas cozidas aos cubos, mas aqui é que foi o desastre. Metade estava em papa, metade encruada.

No regresso, vim na TAP e pensei "ao menos hoje tenho a garantia de Vítor Sobral". Nem pensar. Medalhão de lombo com arroz de cogumelos. Lombo? carne dura e fibrosa, não identificável, ressequida e super-passada. Foi a repetição do meu jantar de véspera, como conto adiante. O arroz, formado em meia esfera, foi fácil de formar, porque era uma massa betuminosa.

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