" />

janeiro 17, 2006

Em casa ou no restaurante?

Acho que continua a não haver nada de comparável a um bom jantar em casa. É certo que perco muito tempo e que dá muito trabalho, mas todos os meus bons amigos merecem bem este meu esforço (e da minha mulher).

Receber os amigos numa sala acolhedora, com a lareira acesa no inverno ou passando ao jardim no verão, desenrolar uma amena cavaqueira, sem pressas, com aquele supremo desafio que é transformar banalidades em coisas inteligentes (como devíamos aprender isto com os ingleses!). Ao mesmo tempo, apreciando um bom Sercial, um vinho dos Biscoitos, um moscatel, um champanhe de qualidade ou mesmo um bom branco seco, com uns "amouse bouche" imaginativos (cito novamente a minha mulher, um gosto e tarefa habitualmente a seu cargo). Passar depois à mesa para uma refeição preparada com esmero, mesmo que, no verão e ao almoço, seja um "buffet" frio, como sirvo frequentemente, para se comer no jardim. Penso que é uma prova de consideração que se dá aos bons amigos.

Para mim, o restaurante serve para as relações profissionais ou, como ainda hoje, para encontros regulares de velhos amigos (até tenho um grupo mensal que se chama "o bando dos quatro" - lembram-se?), em que interessa muito mais a conversa do que o restaurante. Também, em família, para os dias de tanto cansaço que nem sequer apetece fazer uma refeição banal e posso mesmo aceitar a sugestão do meu filho de um fast-food (mas nestes há de tudo, bom e mau!).

É claro que também gosto de ir aos restaurantes de grande classe (quando há meios para isso) mas só fico satisfeito quando regresso com a impressão de que eu não era capaz de fazer aquilo que comi, o que nem sempre acontece.

Nota - o que é isto de restaurantes de grande classe? Não vou fazer publicidade, mas dou alguma dica a quem mo pedir. Garanto é que não são os do jet set! Um ou outro até me faz pena, deserto, fora de moda.

0 Comentários:

Enviar um comentário

<< Home